domingo, 3 de julho de 2011

FRASES...

“Nos estabelecimentos escolares, os processos de mudança de certa amplitude não se desenvolvem por si mesmas. Necessitam de uma orquestração ativa, da intervenção voluntária de um determinado número de atores que trabalhem deliberadamente para orientar as coisas em um sentido definido.”

                   Mônica G. Thurler




”Muitas coisas acontecem ao longo do nosso caminho. Por vezes, os mapas que temos não correspondem, de fato, à configuração dos lugares. Noutras o cansaço nos atrasa e temos que mudar de rumo, alterar as previsões iniciais... Algumas emoções mexem conosco ao longo dos trajetos, como a necessidade de olhar para trás, constantemente. È muito importante conferir o quanto já caminhamos. A paisagem que fica para trás representa a nossa superação e nos torna mais corajosos para seguir em frente.

Cada trecho dessa caminhada nos reserva uma nova surpresa. Uma mata fechada e sombria pode abrir-se a um ensolarado campo de girassóis. A cada curva, se apressa o passo para alcançá-lo, pela expectativa que sempre cria.

O inesperado é uma das magias do caminho...”

                  (Jussara Hoffmann – Avaliar para promover – As setas do caminho).

A FUNÇÃO DO PROFESSOR COORDENADOR PEDAGÓGICO

Os educadores são unânimes em reconhecer o impacto das atuais transformações econômicas, políticas, sociais e culturais na educação e no ensino, estes ainda têm percebido a urgência de se operar mudanças, dada a necessidade de se adequar a escola ao mundo contemporâneo.

Entretanto por mais que a escola básica seja afetada nas suas funções, na sua estrutura organizacional, nos seus conteúdos e métodos, ela mantém-se como instituição necessária à democratização da sociedade.

Não há reforma educacional, não há proposta pedagógica sem professores, já que estes são os profissionais mais envolvidos com os processos e resultados da aprendizagem escolar.

Ao professor é necessário muito empenho, paciência, clareza e ser capaz de enfrentar conflitos gerados por estas transformações abruptas e se adequar para uma nova prática pedagógica docente em sala de aula.

Cabe então, ao Professor Coordenador a tarefa de acompanhar o trabalho docente, auxiliando-o em suas dificuldades no cotidiano da escola, para que possa elaborar o seu diagnóstico e propor diferentes encaminhamentos à implantação de uma proposta pedagógica condizente com a realidade escolar, tem que ter liderança para realizar o trabalho coletivo, onde objetivos e metas passam a ser efetivamente comuns, pois só assim eles serão alcançados. Para tanto deverá abordá-los no dia a dia, para que não sejam esquecidos. Também deverá constantemente avaliar junto com a equipe escolar os resultados alcançados, a fim de refletirem, redirecionar ações e ajustar possíveis falhas ou distorções.

A este profissional cabe ainda a auto-avaliação, questionando, levantando dúvidas sobre o seu trabalho, ensejando oportunidade para receber críticas que lhe permita aperfeiçoar e avançar em sua função.

Enfim a missão do Professor Coordenador é a de criar na escola um ambiente de harmonia, de união e de contínua inovação pedagógica, capaz de melhorar a qualidade e consequentemente provocar a realização profissional dos envolvidos, uma vez que diante de todas as transformações e exigências da sociedade atual a escola precisa oferecer serviços e produtos de qualidade, de modo que os alunos que passem por ela tenham condições de se desenvolverem integralmente, com efetiva condição de exercício de cidadania, de liberdade política e intelectual.

A ESCOLA QUE QUEREMOS PARA NOSSAS CRIANÇAS

A Escola Pública, enquanto instituição de uma determinada sociedade é um instrumento insubstituível para a preparação de uma nova cidadania, como tal não pode abrir mão da necessidade de acompanhar o processo de desenvolvimento econômico e cultural, dele participando de forma dinâmica.

È essencial que a escola esteja adequada à nova realidade, sem perder de vista a unidade e a integridade que caracterizam o processo educativo: o que ensina, por que ensina, para que se ensina e como se dá o processo de aquisição do conhecimento. Sua função básica é a de propiciar o domínio do cidadão, nas múltiplas e complexas atividades exigidas pela vida moderna.

A escola deve constituir-se em ajuda intencional, sistemática, planejada e continuada para todos os alunos, diferenciando–se de outras práticas educativas tais como as que acontecem nas famílias, no trabalho, no lazer e no convívio social de modo geral. É missão da escola criar oportunidades para o desenvolvimento de relações interpessoais, cognitivas, afetivas, éticas e estéticas pelo processo de construção e reconstrução de conhecimentos. É preciso que todos desenvolvam suas capacidades e aprendam conteúdos essenciais que lhes sirvam de instrumento de compreensão da realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificados e cada vez mais amplas.

É dever da escola desenvolver o sentido da individualidade e da identidade do aluno, o que se faz por meio da participação no processo social, na assimilação cultural e no desenvolvimento de valores e atitudes, onde cada  aluno se construa como pessoas iguais e, ao mesmo tempo, diferentes de todas as outras. È preciso ampliar o conhecimento nas diferentes áreas, tendo em vista a relação com o outro, as questões políticas mais amplas, a saúde coletiva, o meio ambiente, etc.

O papel da escola diante das rápidas mudanças que estão acontecendo no mundo do trabalho é de importância fundamental. O conhecimento é considerado, pelos especialistas, recurso controlador e fator de produção fundamental. Hoje, a escola deve formar e capacitar os estudantes para a aquisição de novas competências, em função de novos saberes que surgem e que exigem um novo tipo de profissional. Cabe a escola imprimir uma dinâmica de ensino que favoreça o descobrimento de potencialidades não só do trabalho individual, como também, e sobretudo, do trabalho coletivo.

A Escola deve promover uma educação universal, que provoque nos estudantes de todos os níveis e de todas as idades a motivação para aprender e a disciplina do aprendizado permanente. A escola precisa ser aberta, acessível a todos os que são altamente educados e aos que, por qualquer razão não tiveram acesso a uma educação avançada anteriormente. A escola deverá privilegiar não apenas o espaço da sala de aula mas todas as dimensões e oportunidades de aprendizagem que possam ser exploradas e desenvolvidas, articulando o saber da escola com o da comunidade, promovendo o desenvolvimento pleno do aluno com o pessoa, cidadão, trabalhador.

ENSINAR O QUE SE SABE

Até agora eu o ensinei a marchar. È isto que se ensina nas escolas. Caminhar com passos firmes. Nunca altar sobre o vazio. Nada dizer que não esteja construído sobre sólidos fundamentos. Mas, com o aprendizado do rigor, você desaprendeu mesmo a arte de falar. Na Idade Média (e como a criticamos!) os pensadores só se atreviam a falar se solidamente apoiados nas autoridades. Continuamos a fazer o mesmo, embora os textos sagrados sejam outros. Também as escolas e universidades têm seus papas, seus dogmas, suas ortodoxias. O segredo do sucesso na carreira acadêmica? Jogar bem a boca de forno e aprender a fazer tudo o que seu mestre mandar...

Agora o que desejo é que você aprenda a dançar. Lição de Zaratustra, que dizia para se aprender a pensar é primeiro preciso aprender a dançar. Quem dança com as ideias descobre que pensar é alegria. Se pensar lhe dá tristeza é porque você só sabe marchar, como soldados em ordem unida. Saltar sobre o vazio, pular de pico em pico. Não ter medo da queda. Foi assim que se construiu a ciência: não pela prudência dos que marcham, mas pela ousadia dos que sonham. Todo conhecimento começa com o sonho. O conhecimento nada mais é que a aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada. Mas sonhar é coisa que não se ensina. Brota das profundezas do corpo, como a água brota das profundezas da terra. Como mestre só posso lhe dizer uma coisa: “CONTE – ME OS SEUS SONHOS, PARA QUE SONHEMOS JUNTOS”.

                                                            Rubem Alves

GESTÃO DA ESCOLA PÚBLICA

Trata-se de uma maneira de organizar o funcionamento da escola pública quanto aos aspectos políticos, administrativos, financeiros, tecnológicos, culturais, artísticos e pedagógicos, com a finalidade de dar transparência as suas ações e atos e possibilitar à comunidade escolar e local à aquisição de conhecimentos, saberes, idéias e sonhos, num processo de aprender, inventar, criar, dialogar, construir, transformar e ensinar.

(Brasil. Ministério da Educação. SEB. Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Gestão da Educação Escolar. Brasília: UnB/CEAD, 2004)

Gestão Democrática Escolar

"Espaço criado para troca de experiências entre gestores que participam do curso Escola de Gestores da UFSCAR 2011/2012"